quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Um Servo Admirável

Como foi a sua conversão?
Dois meses antes de chegar à Igreja me aconteceram duas coisas terríveis. No ano em que eu completei 18 anos, saí de um clube e me envolvi em uma briga, pois se alguém me encarasse por muito tempo eu já partia para a agressão. Meu rival estava armado e disparou três tiros à queima roupa. Desviei dos tiros e ele disparou mais quatro. Para piorar, encontrei um grupo rival, que me deu mais três tiros e, por milagre, nenhum me acertou. Uma semana depois do ocorrido, estava sentado em uma praça, com uma garota que era minha noiva na época, e um idoso apareceu com uma taça de vinho e me ofereceu
a bebida. Eu neguei, e disse que nem o conhecia. Ele jogou o vinho em mim e acertou minha noiva. Depois levantou o boné e disse que tinha chifres. Eu comecei a lembrar das palavras da minha mãe que já ia à
Igreja, dizendo que quem tem chifres é a besta. Isso mexeu muito comigo.
Outra situação que me assustou foi quando, em uma tarde, eu estava na casa de praia de um amigo e a mãe dele manifestou com um demônio, e sem me conhecer contou a minha vida toda. Além disso, disse que eu iria ser morto em breve pelo meu ex-amigo. Atordoado, não quis mais ficar lá e decidi ir embora. No
caminho de volta, eu encontrei meu ex-amigo no ponto de ônibus. Tentei me esconder dele, mas ele me viu e disse que me mataria naquele final de semana.
Eu voltei para casa e pedi perdão à minha mãe, dizendo que queria servir ao Deus dela, pois sentia que se não fosse, com certeza morreria. Na segunda-feira fui à Igreja, e como estava decidido, me entreguei de tal forma que, em 4 meses me libertei das drogas e da criminalidade. Com 8 meses recebi o Espírito Santo, e
com 10 meses fui levantado a pastor. Da turma que eu andava, hoje eu sou um dos quatro sobreviventes, de um grupo de mais de 30 pessoas que foram assassinadas. Deus me deu o livramento e a praga do diabo em
minha vida foi quebrada.
Como foi o processo de sua conversão?
Embora o processo tenha sido rápido, enfrentei muitas lutas nesse período. Na loja em que trabalhava, as colegas de trabalho me ofereciam drogas e se insinuavam para mim, com roupas apertadas e curtas, querendo ter uma relação comigo. Sem contar que eu cheguei noivo e era obcecado por ela; um namoro de 4 anos. Mas decidi terminar, pois vi que junto dela não conseguiria obedecer a
Palavra de Deus, já que queria um compromisso sério com o Senhor e ela não estava disposta a fazer o mesmo naquele momento. Por 8 meses fiquei recebendo cartas dela, tentando voltar, mas estava decidido a renunciar à minha vontade para fazer a vontade de Deus. Foi então que conheci minha esposa, Taís, e logo que fui levantado pastor, o bispo Clodomir abençoou nosso namoro. Após 1 ano e 2 meses me casei e estou casado há 20 anos. Com 8 anos de casado adotei uma criança, o meu filho do coração, Mateus, que está com 12 anos. Graças a Deus, tenho uma família feliz e abençoada.
Há 23 anos fazendo a obra de Deus. Como é ser bispo, marido e pai ao mesmo tempo?
Ser bispo na Igreja Universal é uma guerra. Eu costumo dizer que ser representante fiel de uma obra perseguida como esta é levantar todo dia já tendo um “leão para matar”. Quando estava no Rio de Janeiro, tive a igreja invadida e três pessoas tentaram me matar. Fui discriminado por ser da Igreja quando
reconhecido em um restaurante e chamado de ladrão dentro de uma loja.
Ser bispo, ser pai, ser marido não é fácil, nada é fácil. No nosso caso fica mais fácil pelo que está dentro de nós, fica claro como Deus é com a gente pelas lutas que enfrentamos e vencemos, pois somos atacados e
perseguidos constantemente.
Sabemos que os bispos da IURD fazem diversas reuniões por semana e que as igrejas abrem todos os dias. Não existe cansaço ou desânimo?
Não, não e não. Para um profissional que mercadeja a fé, sim, mas para o homem sincero e transparente, não. A marca do homem de Deus é transparência. Na Igreja Universal, para o servo de Deus não existe cansaço ou desânimo, pelo contrário. Eu só decidi servir a Deus como pastor quando olhei pra minha vida e vi que ela estava à altura do que iria pregar, porque como vou falar de família sem ter uma? Como vou falar de saúde se estou doente? Como falar de força se estou fraco? A gente não vive na hipocrisia. Vivemos
o que pregamos.
Qual o conselho que o senhor dá para os jovens da Igreja que pretendem fazer a Obra de Deus também?
O jovem deve fazer bom proveito da sua juventude, aproveitar os dias da sua mocidade, porque hoje, infelizmente, o tempo passa muito rápido, conforme Jesus alertou, os dias estão se abreviando e isso nos obriga a viver uma vida de situações definitivas. A vida está passando tão rápido que não há mais tempo para errar, nós temos que acertar. Eu recomendo que os jovens que têm esse desejo venham correndo, pois sempre estamos precisando de trabalhadores para a seara.
Para finalizar, quais os planos para o futuro?
Eu não tenho planos, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim e eu estou adaptado à vontade Dele. O que Ele quiser de mim, eu farei, pois Ele sabe que pode contar comigo para o que der e vier.

Fonte: Comunidade Universal

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